QUATTOR implanta sistemas de manutenção de pintura


Solução PGPI desenvolvida pela M.Hamsi passa a controlar os 26 mil metros quadrados da unidade industrial situada no Rio de Janeiro, garantindo controles efetivos nos custos de manutenção e melhorias na proteção e aparência da fábrica.

O processo de controle para a manutenção de pintura e corrosão nas plantas industriais brasileiras ainda é pouco utilizado, resultando em prejuízos para as empresas que vão desde as perdas devido às paradas não programadas de unidade industriais, passando por trocas freqüentes de itens que se desgastam com a falta de manutenção, chegando inclusive ao patamar da segurança, gerando problemas que envolvem tanto o meio ambiente quanto os profissionais que lidam com as máquinas.

Estima-se que o gasto com a manutenção da corrosão de pintura no Brasil chegue a 3,5% do PIB anual, um índice que comprova um cenário ainda pouco consolidado quando se trata de optar pelo controle ao invés de buscar apenas soluções paliativas para o problema. “Trata-se de uma questão de integridade, tanto das instalações, quanto das pessoas e do meio ambiente”, comenta Marcelo Hamsi, diretor da M.Hamsi, empresa de engenharia e consultoria que desenvolveu o PGPI, sistema informatizado de gestão de manutenção de pintura.

Preocupada com esta realidade, a Quattor, segunda maior produtora de resinas termoplásticas do Brasil, está prestes a concluir o primeiro ciclo do projeto de manutenção de pintura de uma de suas plantas fluminenses, localizada em Duque de Caxias, Rio de Janeiro. A indústria, inaugurada em 1992, buscava um processo que assegurasse melhor gestão dos recursos para a pintura de suas instalações. “Trabalhávamos com uma prestadora de serviços que seguia um plano de trabalho, mas seus mecanismos de gestão e controle de aplicação eram deficientes. Caso houvesse, por exemplo, um problema por parte do aplicador ou por parte do fabricante, nós teríamos que arcar com os custos. Os controles existentes para os trabalhos de pintura industrial eram insuficientes”, comenta Paulo Escote, coordenador de manutenção da unidade de polipropileno de Duque de Caxias da Quattor.

Em 2006, quando a indústria decidiu iniciar um processo de manutenção para desenvolver um projeto que colocasse a situação da planta no mesmo estado em que se encontrava quando iniciou sua operação, a empresa fez uma pesquisa no mercado para detectar fornecedores que oferecessem um modelo de controle rigoroso.

Após analisar diferentes propostas, a M.Hamsi foi classificada como a única empresa no Brasil capacitada para executar uma gestão especializada e completa para as necessidades de uma indústria de grande porte. Com um investimento total de R$ 1,5 milhão, a M.Hamsi foi eleita para atender essa unidade da Quattor e definiu um cronograma de três anos para o projeto, que será concluído ao longo de 2008.

A prática aplicada pela fornecedora envolve a realização de um inventário para todas as áreas pintadas da planta, que foi dividida numa estrutura analítica detalhada de acordo com o aspecto de cada departamento, que envolve áreas de processos, de tancagens, arquitetônicas, de utilidades e pipe-racks. A M.Hamsi identificou o estado da corrosão de cada subdivisão, classificou por níveis e planejou a sua eliminação.

“Os níveis vão de 1 a 5, sendo o último o mais grave. As indústrias, no geral, precisam manter suas plantas nos níveis 1 e 2, que oferecem equilíbrio no custo. Quando uma área começa a atingir o nível 3, é hora de dedicar atenção para a estrutura. Todo esse processo é gerenciado pelo sistema PGPI, que recebe os detalhes da análise, da execução da obra e faz o acompanhamento de cada atividade, garantindo que o ciclo de repintura ocorra a cada três anos”, explica Hamsi.
No caso da unidade de Duque de Caxias, das 39 subdivisões especificadas no sistema, apenas 20% necessitavam de manutenção imediata, porém em nenhuma delas houve troca de itens, apenas a pintura estava afetada. Atualmente, todas as áreas com alto nível de corrosão já foram sanadas. Neste final de projeto, apenas as estruturas com pequenas corrosões fazem parte do cenário da Quattor.

Um dos diferenciais apresentados pela M.Hamsi e que foi destacado como prioritário na escolha da Quattor pelo fornecedor que assumiria o projeto é a gestão completa do processo de pintura. “A M.Hamsi gerencia o processo de ponta a ponta, o que envolve materiais, qualidade, segurança, meio ambiente e equipamentos para a execução da obra, como andaimes de até 10 metros de altura. Apenas controlamos o que a empresa está fazendo e damos as diretrizes”, destaca Escote.

Com uma garantia de três anos nos trabalhos executados, considerada a maior disponível no mercado, a M.Hamsi opera em todo o país através de equipes que são destinadas à realização do projeto e sua administração. Sua solução, o PGPI, foi desenvolvida na plataforma Windows e suas especificações técnicas são baseadas nas normas estabelecidas pela Petrobrás, SSPC (Estados Unidos) e SIS (Suécia).

Fonte: REVISTA ENGENHARIA

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